terça-feira, 3 de julho de 2012

Avaliação Neuropsicológica: o que é e quando pode ajudar


O que é Neuropsicologia?
É uma área interdisciplinar do conhecimento que estuda as relações entre o cérebro, o comportamento e as funções cognitivas, tais como atenção, percepção, orientação, raciocínio, memória, entre outras. A Neuropsicologia auxilia no estudo e na avaliação de distúrbios cognitivos e emocionais e das consequências cognitivas e comportamentais de lesões e disfunções cerebrais.


O que é a Avaliação Neuropsicológica?
Engloba a utilização de diversas técnicas especiais de avaliação das funções cognitivas e do comportamento que buscam identificar tanto os processos mentais prejudicados quanto os normais. Também permite acompanhar a evolução de quadros disfuncionais e pode oferecer orientações terapêuticas que auxiliem a reabilitação.

Quando a Avaliação Neuropsicológica pode ajudar?
A Avaliação Neuropsicológica auxilia no diagnóstico de diferentes doenças, tais como Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade e Demências, possibilita o diagnóstico diferencial entre os tipos de Demências e entre estas com quadros depressivos. Também permite avaliar as consequências cognitivas e comportamentais em casos de Epilepsia e de lesões focais como AVC, Traumatismos cranioencefálicos e tumores.
Os exames de neuroimagem analisam as estruturas cerebrais, enquanto a avaliação neuropsicológica avalia o funcionamento cerebral, indicando quais funções estão comprometidas e em que intensidade isso ocorre. Ambos os procedimentos podem ser complementares e possibilitam um melhor entendimento das manifestações apresentadas pelo paciente.


Bruna Gomes Mônego
Terapia Cognitivo-Comportamental
Avaliação Neuropsicológica

Contatos: (51) 8151.7686
                brunamonego@hotmail.com

segunda-feira, 25 de junho de 2012

ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL


    A escolha de uma profissão é uma necessidade, mas a cada dia que passa vemos que os jovens apresentam dificuldades em fazer suas escolhas. Inexperiência, falta de informação e desconhecimento da própria personalidade levam muitos jovens a deixar a faculdade todos os anos. Os alunos que deixam o curso perdem tempo e dinheiro. Mas muitas vezes eles não abandonam a faculdade, por medo de decepcionar seus pais e a si próprio, pois afinal de contas “desistir significa fracassar. A situação piora quando os pais não conseguem intuir que o filho deu um passo errado e não aceitam que refaça sua carreira, taxando-o de indeciso.

O momento de uma escolha de profissão coincide com a fase do desenvolvimento na qual o jovem esta se descobrindo novamente, definindo sua identidade, onde ele busca se entender melhor, seus gostos interesses e motivações. Por essas razões acredita-se que a Orientação Profissional poderia contribuir para uma melhor escolha profissional.

Uma das funções da Orientação Profissional é fazer com que o aluno identifique claramente seus desejos e, assim, faça a escolha acertada. Mas, numa sociedade minimamente equilibrada, é preciso dar chances para errar e se recuperar. Os caminhos podem ser corrigidos e é ótimo que seja assim. Com a Orientação Profissional o jovem tem, sim, condições de fazer uma boa opção. Mas isso sempre será algo difícil. Escolher é um ato de coragem. É optar por uma entre duas ou mais alternativas atraentes. Significa esboçar um projeto de vida.

O objetivo é criar condições que favoreçam o amadurecimento do jovem no que se refere à escolha profissional, de forma a ampliar seu conhecimento sobre as alternativas de ação, estimulando o desenvolvimento das atitudes, conhecimentos e habilidades que favoreçam a resolução de conflitos vivenciados neste período.



“Toda pedra do caminho

Você deve retirar

Numa flor que tem espinhos

Você pode se arranhar

Se o bem e o bem existem

Você pode escolher

É preciso saber viver...”



Sheila Lauffer Glaser

Psicóloga Organizacional e cognitivo comportamental

Fone: (51) 91283047

E-mail: sheila@lauffer.com.br



quinta-feira, 24 de maio de 2012

BULLYING, SERÁ QUE O MEU FILHO ESTÁ

PASSANDO POR ISSO?

Nos dias atuais a violência é um problema crescente no mundo, com importantes conseqüências individuais e sociais. Há um consenso entre todos os cidadãos e governantes que a violência precisa ser evitada e que seu impacto precisa ser minimizado para que se tenha um futuro mais aprazível de se viver. Uma forma de violência, que muitas vezes passa despercebida, e tem a sua importância minimizada, é a violência juvenil. Este tipo de violência pode deixar marcas para o resto da vida e prejudicar a vida de nossos jovens. A violência que busco alertar aos pais e professores, neste momento, é o bullying.

Bullying é uma palavra de origem inglesa utilizada para designar a prática de atos agressivos, intencionais e repetidos, que ocorrem sem uma motivação evidente entre indivíduos que estão em uma relação desigual de poder. Este tipo de comportamento causa dor e angústia no sujeito alvo destes comportamentos. É uma forma de abuso psicológico, físico e social. O bullying pode acontecer entre estudantes nas escolas, em ambientes de trabalho (workplace bullying) ou pela internet (cyberbullying).

Estudos demonstram que adultos que sofreram bullying quando crianças ou adolescentes estão mais propensas a ter depressão, baixa auto-estima e dificuldades nos relacionamentos pessoais e profissionais.

Segundo a Abrapia – (Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência) o bullying pode ser identificado por meio de algumas ações, tais como, "colocar apelidos, ofender, zoar, gozar, encarnar, sacanear, humilhar, fazer sofrer, discriminar, excluir, isolar, ignorar, intimidar, perseguir, assediar, aterrorizar, amedrontar, tiranizar, dominar, agredir, bater, chutar, empurrar, ferir, roubar, quebrar pertences".

O aluno que é o alvo desta agressão, muitas vezes, não possui os recursos ou habilidades necessárias para reagir ou fazer cessar o bullying. Dificilmente pede ajuda aos familiares ou professores, sofrendo sozinho as repetidas agressões. Sua auto-estima, na maioria das vezes, é baixa e seu rendimento escolar diminui. Normalmente sofre sozinho, tem medo de novas agressões, passando assim a se isolar do convívio social. Pode vir a ter sintomas de ansiedade e de depressão e em casos extremos tentar contra a sua própria vida.

Este tipo de violência pode estar acontecendo com o seu filho neste momento. Procure observar atentamente o comportamento do seu filho e caso identifique, por exemplo, alterações no sono, irritabilidade, isolamento, ansiedade, depressão, relatos de medo ou pânico, resistência em ir à escola, insegurança por estar na escola, voltar da escola com machucados sem explicações convincentes, ter atos deliberados de auto-agressão ou outros sinais importantes, busque ajuda de um profissional da saúde o mais cedo possível. O seu filho pode estar precisando de ajuda urgente!

segunda-feira, 14 de maio de 2012

RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAS

RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAS
Técnicas e dinâmicas para entrevistar novos colaboradores.
“Diminua os riscos de uma contratação equivocada”

Objetivo: Capacitar o profissional de RH, a conduzir o processo de recrutamento, seleção e avaliação de pessoal, conhecendo as principais ferramentas utilizadas pelas empresas. Conhecer os testes e as dinâmicas, utilizadas para recrutamento, seleção e avaliação.

Público Alvo: Profissionais de Recursos Humanos, que atuam na área de Recrutamento e Seleção. Também é recomendado para gerentes, coordenadores, supervisores de equipes, e demais interessados no assunto.

Programa:

Planejamento e Cronograma do processo;

Descrição e análise de cargos;

Definição das habilidades e competências;

O processo de recrutamento;

Recepção e análise de currículos;

Interpretação e classificação dos candidatos;

Preparação e dicas para a entrevista (Conteúdo/Roteiro da Entrevista);

Técnicas de processo de seleção;

Dinâmicas de grupo;

Testes de seleção;

Técnicas de Avaliação Psicológica

A Tomada de Decisão.

Aspectos Éticos.

Instrutora: Sheila Lauffer Glaser

Psicóloga graduada pela FEEVALE, com ênfase em Psicologia do Trabalho e das Organizações, especialista em terapia Cognitivo Comportamental pela UFRGS. Sócia-gerente do Ponto Psi – Centro Interdisciplinar, diretora de projetos de RH. Consultora e assessora de Recursos Humanos em empresas de diversos segmentos.

Dias 23 de junho das 9h as 12h e das 13h as 17h.

Matricula: 20,00 na inscrição.

Investimento: 100,00.

Inscrição: Até dia 15 de junho



Telefone: 3527 4965 com Raíza

Em-mail: pontopsi@pontopsi.com.br
Site: www.pontopsi.com.br pelo ícone contato



VAGAS LIMITADAS

Será entregue certificado de participação.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

O alívio da ansiedade

Conheça os novos tratamentos e as descobertas que ajudam a controlar as crises e melhorar a qualidade de vida daqueles que sofrem com a chamada doença do século

Cilene Pereira e Mônica Tarantino

Notícia tirada da Revista Isto É
http://www.istoe.com.br/reportagens/203946_O+ALIVIO+DA+ANSIEDADE#.T6lzf_Lv_6g.facebook
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Neste momento, uma em cada quatro pessoas no mundo está com uma sensação de aperto no peito, sentindo o coração bater mais rápido, com as mãos suando. Na mente, um medo inexplicável ou preocupação obsessiva com algo que ainda nem aconteceu. Esses são alguns dos sintomas das crises de ansiedade, um dos transtornos mentais mais incidentes da atualidade e, assim como os demais, extremamente cruel. Dependendo do grau, tira o sono do indivíduo, deixa-o mais predisposto a sofrer de enfermidades cardiovasculares e o priva de sair de casa quando o medo atinge níveis incontroláveis.

Estudos mostram que a ansiedade é mais frequente do que transtornos de humor como a depressão. E dados divulgados pelo World Health Mental Survey, ligado à Organização Mundial da Saúde, revelam um triste panorama para o Brasil: 20% das pessoas que vivem em São Paulo convivem com ou tiveram algum transtorno ansioso nos últimos 12 meses. “Foram analisadas cidades de 24 países. Em São Paulo, encontramos o índice mais elevado”, diz Laura Andrade, do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP). Mas um esforço monumental da medicina para buscar as origens da doença e criar novas opções de tratamento promete dar alívio a quem sofre desse pesadelo.

A ansiedade fazia parte das reações que nossos ancestrais manifestavam diante de ameaças como a possibilidade de um ataque animal ou a morte por frio extremo. Preocupar-se com esses eventos mantinha o corpo em alerta: mais tenso, pressão elevada, maior bombeamento de sangue. Se o perigo se concretizasse, o corpo estava pronto para reagir. Se não, o sistema era desligado. Esse esquema ficou gravado no cérebro e até hoje entra em ação diante de situações interpretadas como risco. Essas circunstâncias podem ser reais ou fictícias, resultado de mecanismos psíquicos não totalmente esclarecidos. O problema é que, se esse estado de preocupação se torna crônico, caso da ansiedade generalizada, ou leva a crises espontâneas, como os ataques de pânico, deixa de ser uma reação natural. Causa prejuízos à saúde e à vida social, afetiva e profissional. Transforma-se em doença.
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TERAPIA
Adriana Mazzagardi tem a ajuda dos cavalos para controlar o sentimento
Atualmente, há catalogados oito tipos da enfermidade (leia mais detalhes no quadro à pág.84). Como ocorre com a maioria das enfermidades mentais, há dificuldade na detecção do problema. “Um estudo feito em Londres, pelo psiquiatra Paul Bebbington, mostrou que apenas 14% dos pacientes tinham sido diagnosticados e tratados no ano anterior ao trabalho”, contou Márcio Bernik, coordenador do Programa de Ansiedade (Amban) do Instituto de Psiquiatria da USP. O diagnóstico é feito por psicólogos ou psiquiatras, que recorrem a perguntas definidas para identificar a alteração, como ela se insere na vida do indivíduo e sua gravidade. “Uma das primeiras perguntas é se a pessoa sente que teve prejuízo em algum campo ou momento da vida por causa da doença”, diz o psiquiatra Bernik.

O tratamento varia de acordo com o transtorno especifico e a intensidade da enfermidade. Nos casos mais leves, indicam-se apenas medicamentos ou sessões de terapia cognitivo-comportamental (TCC), método cujo objetivo é modificar padrões de pensamentos e comportamentos associados. Uma pessoa que tenha receio permanente de perder o emprego, por exemplo, pode ser treinada para evitar esses pensamentos ou substituí-los por outros, mais otimistas e calcados na realidade. Nos casos moderados e mais graves, é recomendada a combinação de remédios com a TCC. Um trabalho da psicóloga Mariângela Savoia, ligada ao Amban, mostrou que essa associação foi mais eficaz do que o uso isolado dos métodos.

Os recursos criados recentemente são utilizados para os casos mais severos e que não respondem ao tratamento padrão. Um dos mais promissores é a aplicação da realidade virtual. A terapia consiste em expor o paciente – de modo virtual – às situações que desencadeiam crises para que, aos poucos, ele aprenda formas de evitar os pensamentos ansiosos. Na Universidade de Washington (EUA), o método está sendo aplicado para tratar fobias, a ansiedade gerada pelo estresse pós-traumático e aquela sentida durante a troca de curativos em pacientes com queimaduras. “Temos bons resultados”, disse à ISTOÉ Hunter Hoffman, coordenador da equipe que aplica a técnica.
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Semelhante à realidade virtual, a terapia de modificação cognitiva com auxílio de computador também desponta como alternativa. Um trabalho da Brown University (EUA) mostrou que indivíduos com fobia de falar em público melhoraram depois de se submeter aos exercícios duas vezes por semana, por um mês. Eles consistem em instruir o paciente a evitar expressões faciais hostis – para quem tem fobia social isso detona crises – e a interpretar as reações de interlocutores de forma otimista.

Começa também a ser testada a eficácia da estimulação magnética transcraniana. A técnica submete o paciente a aplicações de ondas eletromagnéticas. O objetivo é regularizar a atividade elétrica nas regiões cerebrais associadas à doença (leia mais no quadro à pág. 82). O médico Marco Marcolin, do Instituto de Psiquiatria da USP, iniciará até o fim do ano testes com 30 pacientes com fobia social. Por enquanto, não há nada conclusivo. Estudos com o método para tratar a ansiedade associada ao estresse pós-traumático deram resultados negativos no Brasil e positivos na Europa.

Ganhando espaço na prática clínica está o neurofeedback, método que se propõe a imprimir no cérebro um novo padrão de funcionamento, igual ao de uma pessoa sem a doença. “Eletrodos colocados sobre o couro cabeludo fazem a leitura da informação neurológica que está sendo produzida e registrada por eletroencefalografia”, explica o psicólogo Leonardo Mascaro, mestre em neurociências pelo Núcleo de Neurociências e Comportamento da USP e autor do livro “Para Que Medicação?”. Segundo ele, na presença de enfermidades como a ansiedade, os dados revelam padrões eletroencefalográficos anormais e específicos que possibilitam o reconhecimento da doença ou de outros comprometimentos neurológicos.
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TECNOLOGIA
Acima, o psicólogo Mascaro acompanha a sessão de neurofeedback da
empresária Marisa. Abaixo, paciente com queimadura no braço usa equipamento
de realidade virtual. O recurso o ajuda a diminuir a dor e a ansiedade
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No treinamento, o paciente visualiza as alterações e também os padrões normais. “Os parâmetros corretos são então apresentados de volta aos neurônios por meio de um trabalho de condicionamento feito sob a forma de sinalização sonora e visual”, diz Mascaro. Essas sinalizações ocorrem somente quando os neurônios em treino produzem o tipo de atividade que está sendo solicitada. “Dessa maneira acontece a aprendizagem neurológica e a modificação da atividade cerebral, que se normaliza progressivamente”, complementa o psicólogo. “Conforme o tratamento caminha, a pessoa necessita de menos medicação e a retirada do medicamento acontece, sempre sob supervisão médica”, assegura Mascaro. A empresária Marisa Rollemberg Rocha, 40 anos, de Brasília, submeteu-se a três sessões até agora. “Já consigo dormir melhor e passei a suar menos nas mãos”, diz. A técnica, porém, não é aceita por todos os médicos. Bernik, do Amban, não a considera eficaz.

O desenvolvimento de instrumentos como esses só foi possível a partir do avanço do conhecimento sobre as bases neurológicas da doença. Apesar de a identificação das estruturas cerebrais vinculadas à enfermidade ter sido feita há algum tempo, dezenas de pesquisas estão revelando detalhes sobre a interação entre elas. Cientistas da Columbia University (EUA), por exemplo, descreveram a maneira pela qual operam o hipocampo e o córtex pré-frontal medial. “Vimos que o hipocampo envia muita informação para esta área do córtex, fazendo com que ela reconheça o ambiente como uma ameaça”, explicou Joshua Gordon, autor da pesquisa.

Por aqui, o psiquiatra Luiz Vicente Mello, de São Paulo, participa de um esforço internacional para entender melhor a relação entre comportamentos ansiosos e mecanismos de defesa legados pela evolução. “Muitas das nossas reações são anacrônicas. Ao mesmo tempo, não temos defesas para situações recentes, como o medo de carros, que precisa ser ensinado”, diz.
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ENERGIA
O psiquiatra Marcolin iniciará os testes para verificar a eficácia da aplicação
de ondas eletromagnéticas em centros cerebrais associados à doença
Ainda na USP, cientistas investigam a relação da enfermidade com o sistema serotonérgico do cérebro. Recentemente, o psiquiatra Felipe Corchs, em estudo feito no Amban com universidades da Inglaterra, Nova Zelândia e Austrália, observou que as diferenças na quantidade de serotonina (substância que faz a comunicação entre neurônios) interferem na sensibilidade aos estímulos que iniciam crises. Para chegar a essa conclusão, os cientistas deixaram sem comer proteínas um dia inteiro voluntários que já haviam sido tratados de transtornos ansiosos. Não ingerir proteína prejudica o aporte de triptofano, aminoácido essencial para a formação da serotonina.

O resultado foi surpreendente: pacientes com pânico, estresse pós-traumático e fobia social ficaram mais sensíveis aos gatilhos de crise, sugerindo que a serotonina tem papel na modulação dessa resposta. “E pessoas que tinham melhorado com o tratamento pioraram quando os níveis da substância diminuíram”, explicou Felipe. A redução do composto não causou o mesmo impacto em pacientes com ansiedade generalizada e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Para estes, o que parece é que o contrário, o aumento na concentração da serotonina, faz diferença. Um outro estudo, feito pelo psicólogo Thiago Sampaio, também do Amban, indicou que portadores de TOC que possuem maior concentração de serotonina respondem mais rápido à terapia.

Intervir nas situações em que a ansiedade pode prejudicar o tratamento é hoje uma atitude incorporada por alguns hospitais. No Albert Einstein, em São Paulo, psicólogos entram em ação para atender pacientes internados que apresentam sintomas da doença. “Uma das formas de reduzi-los é ajudar os doentes a esclarecer suas dúvidas”, diz Ana Kernkraut, coordenadora do serviço de psicologia do hospital.
Nos EUA, médicos usaram a terapia com animais para diminuir o sentimento em indivíduos que se submeteriam a exames de imagem, situação que desencadeia temor. No Monmouth Medical Center, 28 pacientes que fariam ressonância magnética foram selecionados para brincar com cães por 15 minutos, meia hora antes de fazer o exame.
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Comparados a doentes que não tiveram esse tempo com os animais, eles manifestaram muito menos ansiedade. “A terapia mostrou potencial para substituir os remédios contra crises às vezes dados aos pacientes”, disse Richard Ruchman, autor do estudo.
No Brasil, nos centros de equoterapia é possível aliviar os sintomas com o auxílio dos cavalos. A empresária Adriana Mazzagardi experimentou esses efeitos durante as aulas de equitação que teve na infância e decidiu expandir o benefício. “Os cavalos me ensinaram a controlar a minha ansiedade, que era muito intensa”, diz Adriana, que está à frente do Centro Equestre Equovita, em Jundiaí (SP). O local é frequentado por muitas pessoas em busca de alívio das tensões. “Se você está ansioso e sem concentração, o cavalo percebe e reage. Você precisa estar atento e calmo para que ele se deixe conduzir”, diz Adriana.

Manter a ansiedade sob controle é também importante porque reduz riscos para outras doenças. Na semana passada, pesquisadores da Stanford University (EUA) divulgaram os resultados de um estudo com animais, indicando que o sentimento contribui para o surgimento de tumores. A explicação é a de que a ansiedade costuma vir acompanhada de estresse. Juntas, as condições enfraquecem o sistema de defesa do organismo. “Eles podem acelerar a progressão do câncer”, afirmou o imunologista Firdaus Dhabhar, autor do experimento.

A conexão com a depressão também está sendo investigada. Um trabalho patrocinado pelo Canadian Institutes of Health Research apontou uma molécula (CRFR1) como a responsável pela interação entre a ansiedade, o estresse e a doença. Um primeiro passo já foi dado para quebrar a associação: em cobaias, a inibição da produção dessa molécula atenuou a ansiedade.

Mais conhecida, a relação da enfermidade com os males cardiovasculares exige também atenção. Tanto que médicos do Montreal Heart Institute, também no Canadá, fizeram um trabalho para provar que pacientes em risco para doenças do gênero e que apresentem traços de ansiedade devem ser submetidos a uma tomografia do coração, e não apenas a um eletrocardiograma. “O exame de imagem é mais efetivo para identificar doença cardíaca nesses indivíduos”, afirmou Simon Bacon, coautor do experimento.
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sexta-feira, 20 de abril de 2012

terça-feira, 17 de abril de 2012

Alimentos orgânicos são uma opção

Cada vez mais usados por chefs, ALIMENTOS sem agrotóxicos e produzidos na estação realçam receitas por terem sabor mais característico; saiba mitos e verdades e veja onde comprá-los.



Os ALIMENTOS ORGÂNICOS estão na moda -e não é de hoje-, dispensam agrotóxicos e nascem de um cultivo justo. Mas não são a salvação da lavoura. Para a pesquisadora Magali Monteiro, da Unesp, não dá para generalizar e cravar que o orgânico é melhor que o convencional.



"O orgânico não é a cura de todos os males, é uma opção nutricionalmente tão boa quanto os ALIMENTOS convencionais, mas sua produção é sustentável e respeita homem e ambiente. Isso é pouco?"



O que é certo é que o sistema convencional deixa resíduos químicos em "níveis preocupantes para a saúde", segundo estudo do agrônomo Moacir Darlot, do Instituto Agronômico do Paraná.



BANDEIRA



Na gastronomia, chefs têm levantado a bandeira dos orgânicos de forma cada vez mais ativa. Em um evento na semana passada, por exemplo, José Barattino, do Emiliano, apresentou ao público um de seus fornecedores, a Família Orgânica, na tentativa de estreitar os laços dos consumidores e produtores.



Trata-se de um grupo de pequenos produtores do interior de São Paulo, que respeita a sazonalidade -o que, para Barattino, lhes confere sabor mais característico-, e não usa aditivos químicos.



Já dizia Michael Pollan, autor de "Em Defesa da Comida - Um Manifesto", que a "Segurança alimentar só se tornou um problema nacional depois que a industrialização da cadeia alimentar afrouxou os laços entre os produtores e aqueles que os comem".



Para a chef Tatiana Cardoso, há 20 anos embrenhada no universo desses alimentos que crescem naturalmente, esse, de fato, é um elo importante. "Uma agricultura sustentável não se faz hoje sem a participação do consumidor", diz Tatiana. Algo que esbarra com a clássica frase do norte-americano Wendell Berry: "Comer é um ato agrícola". Na explicação de Michael Pollan, o que está implícito é que "não nos limitamos a ser consumidores passivos de alimentos, mas somos cocriadores dos sistemas que nos alimentam".



PARQUES



No começo deste mês, orgânicos foram tema de um seminário na Câmara Municipal de São Paulo, que discutiu ações como a abertura de parques para feiras de produtos sem agrotóxicos. O parque Burle Marx foi o primeiro a integrar o roteiro, desde o fim de 2011. Na mira estão os parques Ibirapuera e Carmo.



Fonte: CFN



Leia a matéria: http://www.cfn.org.br/eficiente/sites/cfn/pt-br/site.php?secao=nutricaonamidia&pub=1052



Márcia Lacerda Justin

Dia 16 de Abril – Dia Mundial da Voz




Dia 16/04 é o dia Mundial da Voz, seja amigo da sua voz!

O dia 16 de abril é conhecido internacionalmente como o Dia da Voz, data que é comemorada desde 1999.

Relacionamos-nos social ou profissionalmente, basicamente, por meio da nossa comunicação e a voz é um de seus aspectos fundamentais. Em geral, só percebemos sua importância quando ficamos sem ela ou com alguma alteração, como a rouquidão, por exemplo, mas a voz está intimamente ligada à nossa saúde.

Alguns cuidados são importantes para que a voz esteja sempre saudável, entre eles, não há dúvida de que é necessário estarmos bem descansados, ter tido uma boa noite de sono. Quem nunca foi acordado com o toque do telefone e não conseguiu disfarçar a voz de sono?

A alimentação também tem papel importante na boa voz! Tomar água, ingerir maçãs, evitar comidas gordurosas, lacticíneos e achocolatados são alguns dos cuidados que trazem bons resultados quando o assunto é a voz.

Todos nós, também, já passamos pela experiência de, por exemplo, em um telefonema um amigo notar logo que não estamos em nossos melhores dias... Nossa voz por vezes nos denuncia. Como, ao contrário, quando estamos felizes, em que nossa voz transmite esse sentimento. A emoção é refletida na voz.

Portanto, fica fácil concluirmos que quando estamos bem, nossa voz também está. Nesse sentido, ter uma boa qualidade de vida nos auxilia a termos uma boa voz e a nos relacionarmos melhor com as pessoas!



Algumas dicas para o seu dia-a-dia:



-Hidrate-se.

- Evite bebidas com cafeína, devido aos efeitos diuréticos que produzem desidratação.

- Se usa muito a voz, tente fazer um repouso de cinco minutos, quando possível, ou se perceber que a voz não está boa, preserve-a.

- Evite abusos vocais: gritar, falar em ambiente ruidoso, sussurrar, pigarrear e tossir.

- Preste atenção em si mesmo. Se for sensível ao ar condicionado, proteja-se; se for sensível ao gelado ou quente, modere... Afaste-se do que lhe faz mal!

- Procure sempre articular bem os sons da fala de maneira precisa.

- Controle a intensidade de sua voz, assim como sua velocidade.

- Coma uma maçã, ela faz muito bem para a voz e para o corpo todo!

- Procure sempre respirar pelo nariz, ele aquece, umidifica e filtra o ar.

- Tenha uma boa postura corporal, ela facilita uma boa voz.

- Não fume: o tabagismo é responsável por mais de 90% dos casos de câncer de laringe e beber álcool também está relacionado a um maior risco de desenvolver esse tipo de câncer.

- Procure achar formas para lidar com o seu estresse, pois também prejudica o bem-estar vocal.

Qualquer dúvida, procure um fonoaudiólogo ou um médico otorrinolaringologista!

Lembre-se: Seja amigo da sua voz!