A rotina escolar, considerada freqüentemente difícil e exigente pelos alunos significa um tormento ainda maior para crianças e adolescentes com problemas de aprendizagem.
Crianças com problemas de aprendizagem não são crianças com problemas mentais. Elas podem ter inteligência igual ou superior à média dos colegas, mas apresentam um problema que os impede de exercer plenamente essa capacidade.
Fatores orgânicos e psicológicos podem tornar o processo penoso, impedindo o desenvolvimento de todo o potencial do estudante e até fazê-lo abandonar a escola.
Escola e família precisam estar preparadas para identificar problemas de aprendizado para dar o encaminhamento adequado. O sintoma mais comum é um desinteresse geral pelas atividades relacionadas à escola. As causas podem ser físico-orgânica ou de fundo psicológico. Devido a essa complexidade, o ideal é que a avaliação seja feita por uma equipe multidisciplinar composta por neurologista, fonoaudiólogo, psicólogo e psicopedagogo.
Nem sempre os exames físico-orgânicos indicam que a criança com problemas de aprendizagem tenha alguma deficiência. Quando os resultados dos exames não apontam nenhuma anomalia, precisa ser investigada em outras áreas.
Crianças com dificuldades para aprender as letras, calcular, identificar os sons com sinais gráficos ou expressar idéias com clareza, oralmente ou por escrito, ou que não se ajustam à sala de aula por causa do comportamento inquieto ou agressivo precisam de ajuda, jamais de punição.
Pai e mãe precisam entender que esse aluno vai precisar de mais tempo para aprender. Aceitar a dificuldade facilita o tratamento. O apoio da família é importantíssimo para a criança não se sentir sozinha.
Quanto mais cedo o problema é detectado, maiores as chances de conseguir bons resultados com o tratamento.
Carla Lauffer

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